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Fios e cabos: características que você precisa conhecer
Fios e cabos elétricos são os verdadeiros “caminhos” da energia - conectam o disjuntor aos pontos de uso, como interruptores, tomadas, pontos de iluminação etc. Por ficarem “escondidos” nas paredes, podem receber menos atenção, porém eles são essenciais para garantir a segurança e o desempenho de toda a instalação.
Por que investir em fios e cabos de qualidade é essencial?
Segurança acima de tudo: produtos com o selo do Inmetro (https://www.gov.br/inmetro/) e com certificação técnica garantem o bom desempenho da instalação elétrica, evitando superaquecimento, aumento no consumo, curto-circuitos ou até incêndios.
Marcas confiáveis: materiais de fabricantes reconhecidos e, se possível, associados à Qualifio (https://qualifio.org.br/) entregam segurança e confiabilidade.
Investimento com longo prazo de duração: embora não exista norma que determine a durabilidade, estima-se que fios e cabos de qualidade - instalados corretamente e dentro das recomendações técnicas - tenham vida útil superior a 20 ou 30 anos.
Dimensionamento correto: fundamental para eficiência e segurança
O dimensionamento dos fios e cabos é uma etapa crítica de um projeto elétrico, pois impacta diretamente na segurança, eficiência energética e durabilidade da instalação.
A NBR 5410 determina diversos critérios para a escolha da seção nominal (bitola, em mm²) de um condutor. Fatores-chave na especificação do condutor são:
Capacidade de condução de corrente (ampacidade): a norma determina qual a máxima corrente que um condutor pode conduzir de forma segura sem sobrecarregar ou aquecer excessivamente.
Agrupamento de condutores: a proximidade de vários condutores pode afetar a capacidade de dissipação de calor de cada um, exigindo ajustes na capacidade de condução de corrente.
Métodos de instalação: a forma como o condutor é instalado (por exemplo, em eletroduto, diretamente no conduíte, ou em bandeja) influencia a capacidade de dissipação de calor e, consequentemente, a capacidade de condução de corrente. A NBR 5410 lista diversos métodos de instalação diferentes.
Temperatura de operação: a temperatura máxima que o condutor pode suportar é crucial para o dimensionamento, com diferentes isolamentos tendo diferentes limites de temperatura, isso influencia na capacidade de condução de corrente. Cabos isolados em PVC (cloreto de polivinila), por exemplo, suportam até 70 °C em regime contínuo, enquanto isolados em EPR (borracha etileno-propileno) ou XLPE (polietileno reticulado) podem suportar até 90 °C.
As aplicações mais costumeiras para cada seção nominal são:
1,5 mm² - normalmente usado em circuitos de iluminação.
2,5 mm² - indicado para tomadas de uso geral.
4 mm² a 10 mm² - tomadas de uso específico (chuveiro, ar-condicionado, forno elétrico).
Acima de 16 mm² - geralmente aplicados em ramais de entrada e alimentadores principais.
A norma NBR 5410 também define uma seção mínima a ser respeitada:
1,5 mm² para iluminação;
2,5 mm² para tomadas;
4 mm² para circuitos de potência (chuveiros, aquecedores etc.).
Um condutor subdimensionado pode aquecer excessivamente, aumentando riscos de incêndio. Já um condutor superdimensionado encarece a obra sem trazer benefícios proporcionais.
Além de especificar corretamente o condutor é fundamental garantir que todo o sistema esteja em conformidade: os condutores precisam ser compatíveis com disjuntores, quadros e demais componentes do circuito para funcionar corretamente. Por exemplo, o uso do disjuntor compatível com o condutor assegura que em caso de sobrecarga ou curto-circuito o cabo não seja danificado antes da atuação da proteção.
Capacidade de condução de corrente para cabos de cobre
Na NBR 5410, a tabela “Capacidade de condução de corrente” apresenta valores de referência para condutores isolados com PVC, em cobre, temperatura no condutor de 70 °C, ambiente de 30 °C em instalação “livre em ar” ou 20 °C para instalação enterrada.
Observações importantes para aplicação da tabela:
Esses valores servem como ponto de partida e devem ser ajustados aplicando os fatores de correção para temperatura ambiente, agrupamento de cabos, método de instalação e profundidade/seção de enterramento, conforme os itens da norma.
Para seções mais elevadas ou condições diferentes (muitos condutores juntos, ambiente quente, eletrodutos subterrâneos) os valores devem ser reduzidos conforme os fatores de correção.
Mesmo que o condutor suporte teoricamente “61 A” no caso de 16 mm², isso não significa que todos os circuitos possam usar esse cabo sem considerar queda de tensão, tipo de carga, proteção e demais parâmetros. O dimensionamento global (corrente, queda de tensão, proteção etc.) deve ser realizado.
Os métodos de referência são os métodos de instalação, indicados na IEC 60364-5-52, para os quais a capacidade de condução de corrente foi determinada por ensaio ou por cálculo. São eles:
A1: condutores isolados em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante;
A2: cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante;
B1: condutores isolados em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira;
B2: cabo multipolar em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira;
C: cabos unipolares ou cabo multipolar sobre parede de madeira;
D: cabo multipolar em eletroduto enterrado no solo;
E: cabo multipolar ao ar livre;
F: cabos unipolares justapostos (na horizontal, na vertical ou em trifólio) ao ar livre;
G: cabos unipolares espaçados ao ar livre.
Tipos de cabos: escolha de acordo com cada aplicação
A escolha do tipo de cabo deve considerar a aplicação (fixa ou móvel), a flexibilidade necessária, o ambiente (interno, externo, úmido, subterrâneo) e as exigências normativas de segurança.
Há diversos tipos e classificações, alguns dos mais comuns são:
A NBR NM 280 define quatro classes de condutores. As classes 1 e 2 destinam-se ao uso em cabos para instalações fixas, e as classes 5 e 6 são destinados ao uso em cabos e cordões flexíveis.
Classe 1: condutores sólidos, menos flexíveis, ideais para instalações fixas.
Classe 2: condutores rígidos, com flexibilidade limitada.
Classe 5: condutores flexíveis, mais comuns em instalações que exigem maior manuseio.
Classe 6: condutores extra flexíveis, usados em aplicações que requerem alta flexibilidade.
Fio: é formado por um único filamento metálico, é menos flexível, mas mais fácil de conectar em bornes de disjuntores e interruptores. Atualmente é pouco usado. Classificado como Classe 1.
Cabo: é composto por vários filamentos metálicos, oferecendo maior flexibilidade. Atualmente é o tipo de condutor mais usado.
Cabo unipolar: cabo com um único condutor isolado. Classificado como Classe 2, 5 ou 6.
Cabo multipolar: cabo composto por dois ou mais condutores isolados sob a mesma cobertura.
Quanto ao material, o condutor pode consistir de:
Cobre mole com ou sem revestimento metálico.
Alumínio sem revestimento metálico ou liga de alumínio.
Outros tipos: a NBR 5410 aborda condutores para as linhas de energia. Para orientação específica sobre cabos de controle, de instrumentação, cabos de potência de uso específico e outras linhas elétricas recomenda-se a consulta às normas aplicáveis específicas.
Isolação e proteção mecânica
De acordo com a NBR NM 280, os condutores de uso geral no Brasil possuem isolação em PVC, que confere ao material resistência a tensão elétrica, temperatura e esforços mecânicos. Já a NBR 5410 estabelece que a isolação deve ser compatível com a tensão nominal do circuito (127 V, 220 V, 380 V etc.) e com as condições do ambiente (temperatura, umidade, agentes químicos, risco de abrasão).
Características relevantes:
Tensão de isolação: normalmente 450/750 V para fios e cabos de uso residencial e comercial. Isso garante segurança em redes de baixa tensão.
Temperatura máxima de operação: geralmente 70 °C para condutores isolados em PVC, mas pode chegar a 90 °C em condutores com isolação em EPR ou XLPE.
Proteção mecânica adicional: em locais sujeitos a impacto ou abrasão, recomenda-se o uso de eletrodutos, canaletas ou dutos subterrâneos, de acordo com a NBR 5410, que orienta a instalação adequada para evitar danos físicos.
Em resumo, a isolação garante não apenas a condução segura da corrente elétrica, mas também proteção contra curtos-circuitos, choques elétricos e falhas por deterioração do material.
Atenção a práticas erradas e materiais irregulares
Nunca reutilize fios ou cabos danificados: torções, emendas ou isolação comprometida aumentam o risco de curtos, sobrecarga e falhas no sistema.
Evite cabos “desbitolados” (com menor quantidade de cobre) e usar cabos sem a correta especificação: além de terem menos cobre ou isolamento inadequado, eles não devem ser usados em instalações fixas por oferecerem risco elevado à segurança.
O papel dos profissionais e dos vendedores qualificados
Procure orientação especializada: lojas confiáveis e com atendentes bem informados podem evitar recomendações inadequadas.
Profissional habilitado para dimensionar: o projeto deve ser realizado por um técnico ou engenheiro eletricista qualificado - assim, o sistema será seguro e eficiente.
Conclusão
Escolher fios e cabos de qualidade, dimensioná-los corretamente e contar com orientações técnicas confiáveis é muito mais do que apenas adquirir produtos – é garantir segurança, economia e tranquilidade para anos.
Na Eletro Aguiar, você encontra:
Materiais com selo do Inmetro e certificação técnica.
Orientação para dimensionamento preciso, conforme as normas.
Equipe pronta para ajudar com seleção segura e personalizada.
Publicação: ago./2025
⚡"Energia que conecta e inspira!"